Exame de vitamina D: para que serve, como é feito e resultados

O exame de vitamina D, também conhecido como exame de hidroxivitamina D ou 25(OH)D, tem como objetivo verificar a concentração de vitamina D no sangue, já que é uma vitamina essencial para a regulação dos níveis de fósforo e cálcio no sangue, possuindo papel fundamental no metabolismo ósseo, por exemplo.

Esse exame normalmente é solicitado pelo médico para monitorar a terapia de reposição com vitamina D ou quando há sinais e sintomas relacionados à descalcificação óssea, como dor e fraqueza muscular, por exemplo, sendo na maioria das vezes solicitado juntamente com a dosagem de cálcio, PTH e fósforo no sangue.

Exame de vitamina D

Para que serve

O exame da vitamina D é feito principalmente para diagnosticar a deficiência de vitamina D, além da hipervitaminose D. No entanto, o médico também pode solicitar esse exame quando houver sinais e sintomas de descalcificação óssea, já que a vitamina D é um dos fatores responsáveis por regular a concentração de cálcio e fósforo, além de promover a mineralização dos ossos.

Esse exame também é solicitado para monitorar a terapia de reposição com vitamina D e para auxiliar no diagnóstico diferencial de raquitismo, osteoporose e osteomalácia, que é uma doença caracterizada pelos ossos frágeis e quebradiços nos adultos. Para isso, além da dosagem de vitamina D, pode ser solicitada a avaliação dos níveis de cálcio, paratormônio e fósforo no sangue, já que o fósforo também está relacionado com o processo de formação óssea. Entenda como é feito o exame de fósforo no sangue.

Além de ser indicada para investigar hipo e hipervitaminose e alterações ósseas, o exame de vitamina D é indicado para pessoas que são consideradas grupo de risco, que são aquelas acima dos 60 anos, que tenham contraindicação à exposição solar ou que não se expõem regularmente ao sol, gestantes e mulheres em fase de amamentação, pessoas com alterações endócrinas, portadoras de doença renal ou de síndromes de má absorção ou pessoas que façam uso de medicamentos que podem interferir no processo de formação e degradação dessa vitamina.

Essa indicação existe porque esse grupo de pessoas têm maior risco de desenvolverem complicações relacionadas com alterações nos níveis dessa vitamina, sendo importante que sejam regularmente monitoradas e façam o tratamento de acordo com a recomendação médica, que muitas vezes é feita por meio da suplementação de vitamina D. Conheça mais sobre a vitamina D.

Como o exame é feito

Para realizar o exame, não é necessário realizar qualquer preparo, sendo feito por meio da retirada de uma pequena quantidade de sangue, que é enviada ao laboratório para análise.

A vitamina D é produzida a partir de uma substância derivada do colesterol presente na pele, que quando estimulada pela luz ultravioleta do sol, é convertido em colecalciferol, conhecido como vitamina D. A vitamina D produzida sofre metabolização no fígado, se transformando em 25-hidroxivitamina D, que nos rins, sob influência do paratormônio, é convertida a 1,25-dihidroxivitamina D, que corresponde à forma ativa e estável da vitamina D e é responsável por aumentar a absorção de cálcio no intestino e, consequentemente, aumentar a concentração de cálcio no sangue.

Ambas as formas da vitamina D são dosadas, sendo a dosagem da 25-hidroxivitamina D mais realizada para identificar a deficiência de vitamina D, enquanto que a 1,25-dihidroxivitamina D normalmente é solicitada para pessoas com doenças renais.

O que significam os resultados

A partir dos resultados da dosagem de 25-hidroxivitamina D é possível indicar se a pessoa possui quantidades suficientes de vitamina D circulantes no sangue para a manutenção da saúde óssea. De acordo com a recomendação de 2017 da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia , os níveis suficientes de vitamina D são:

  • Para pessoas saudáveis e abaixo dos 60 anos: maior que 20 ng/mL;
  • Para pessoa pertencentes ao grupo de risco e com mais de 60 anos: entre 30 e 60 ng/mL.

É considerado grupo de risco para hipovitaminose de vitamina D gestantes e lactante, pessoas com restrição à exposição solar, pessoas com alterações ósseas como osteomalácia, raquitismo ou osteoporose, alterações da tireoide, pessoas portadoras de doenças autoimunes ou crônicas, ou que estejam fazendo uso de medicamentos que possam interferir com a formação da degradação da vitamina D.

Além disso, é determinado que há risco de toxicidade e de hipercalcemia quando os níveis de vitamina D encontram-se acima de 100 ng/mL. Em relação aos níveis considerados insuficientes ou deficientes, estudos estão sendo realizados com esse objetivo, no entanto é recomendado que pessoas que apresentem valores abaixo do recomendado sejam acompanhadas pelo médico e, de acordo com o nível identificado, seja iniciado o tratamento mais adequado.

Valores diminuídos de vitamina D

Os valores diminuídos da vitamina D indicam hipovitaminose, que pode ser devido à pouca exposição ao sol ou pouca ingestão de alimentos ricos em vitamina D ou seus precursores, como ovo, peixe, queijo e cogumelos, por exemplo. Conheça outros alimentos ricos em vitamina D.

Além disso, doenças como esteatose hepática, cirrose, insuficiência pancreática, doença inflamatória, raquitismo e osteomalácia e doenças que cursam com inflamação no intestino podem levar à insuficiência ou deficiência de vitamina D. Saiba reconhecer os sintomas da deficiência de vitamina D.

Valores aumentados de vitamina D

Os valores aumentados de vitamina D são indicativos de hipervitaminose, que acontece devido ao uso de grandes quantidades de vitamina D por um longo período. A exposição prolongada ao sol não resulta em hipervitaminose, pois o organismo consegue regular a quantidade de vitamina D e quando são identificadas concentrações ótimas, é indicado que a síntese de vitamina D pelo estímulo do sol seja interrompida e, por isso, não há níveis tóxicos de vitamina D devido à exposição prolongada ao sol.

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